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MOMENTO CONSTITUINTE E ENSINO DE HISTÓRIA

COMPREENDER O NASCIMENTO DA DEMOCRACIA PARA DEFENDÊ-LA

Nossa jovem e frágil democracia nasceu após um conturbado período de transição que foi marcado por negociações entre as elites políticas e econômicas, por permanências autoritárias da ditadura e por uma estrutura social excludente e desigual que marcam nossa realidade atual.

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Mas apesar disso tudo, a Constituição Federal, promulgada em 1988, marcou o nascimento de nossa democracia é extremamente avançado nas questões de defesa dos direitos humanos e progressista quanto aos princípios de defesa e garantia dos direitos de toda a população.

Esta aparente contradição não é uma exceção, mas uma evidência da estrutura em si de nossa sociedade que possui inúmeros resquícios não apenas da ditadura, mas também do patriarcado, do patrimonialismo, da escravatura e do colonialismo.

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Sendo assim, apresentamos o PROJETO CHAVE - Conhecimento Histórico Aplicado à Vivência Escolar, resultado de nossa pesquisa durante o Mestrado Profissional em Ensino de História - ProfHistória, na Universidade Estadual de Maringá - UEM. Dentro deste programa de pós-graduação, todos os mestrandos devem apresentar um produto educacional. A nossa escolha foi pelo desenvolvimento de sequências didáticas que enfatizassem a prática docente que possibilitasse o protagonismo do estudante na construção do conhecimento e nossa escolha temática se deveu ao fato de compreendermos como essencial a defesa da democracia, dos direitos humanos e da cidadania, gravemente ameaçadas no contexto atual. Esta página eletrônica, portanto, é o veículo que escolhemos para compartilhar com você a nossa contribuição para a prática docente e para a defesa de nossa democracia.

Sendo assim, neste primeiro trabalho, apresentamos reflexões sobre a transição entre a ditadura e a democracia enfatizando a participação popular neste processo, o que garantiu inúmeros avanços progressistas no texto constitucional. Também apontamos aqui, para reflexões sobre a desmobilização popular após a promulgação em 1988, e o início do desmonte das garantias constitucionais, relegando a situações de desamparo completo grandes parcelas da população.

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Estes temas, trabalhados em sala de aula, em um processo de Ensino de História fundamentado teórico-metodologicamente, cuidadoso e com protagonismo dos estudantes na construção do conhecimento ​histórico, possui potencial de desenvolver neles o necessário incômodo para que se articulem e atuem de forma ativa em suas comunidades, em suas cidades e na sociedade para defender as garantias que já estão presentes na Constituição Federal. Esta defesa é necessária e pode contribuir para a manutenção de nossa frágil democracia, que atravessa um período de graves ameaças.

Contudo, ao trabalhar apenas com aulas expositivas, centradas no conhecimento e no desempenho retórico e tecnológico do professor, o conhecimento não é produzido, mas sim reproduzido e não-significado, o que garante que o estudantes permaneçam alheios aos processos que estão sendo estudados, a formação da democracia é um deles. Dessa forma, sem a identificação do estudante com o processo de construção de nossa democracia e de formação de nossa cidadania, situações de ameaça à democracia e à cidadania não lhes dizem

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respeito. Daí a importância de refletir e propor modelos de sequências didáticas que valorizem a construção do conhecimento histórico pelos estudantes.

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O modelo por nós selecionado é a Aula-Oficina, que se caracteriza pelo papel do professor enquanto coordenador e mediador do conhecimento que será produzido pelos estudantes a partir da análise e interpretação de fontes históricas, independentemente da série e da idade dos estudantes. Assim, desde o sexto ano do ensino fundamental, quando a disciplina escolar História, passa a fazer parte do currículo, os estudantes podem iniciar o processo de formação de sua literacia histórica, ou seja, o letramento histórico. A partir da análise constante e siste-

mática de diferentes fontes, com a orientação do professor de história não mais lhe ensinando fatos, datas e personagens históricas, mas ferramentas, conceitos e habilidades históricas que serão utilizadas em seu cotidiano, os estudantes poderão atribuir significados historicizados para sua existência.

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Se verificarmos as diretrizes curriculares atuais, a BNCC - Base Nacional Curricular Comum, perceberemos que o tema e o período por nós selecionado é indicado a ser trabalhado no nono ano do ensino fundamental e no terceiro ano do ensino médio. Além disso, nosso trabalho tem base na proposta e reflexão sobre a prática docente, por isso, apesar de termos aplicado esta proposta em algumas turmas, não apontamos para esta ou aquela turma específica quando organizamos as sequências didáticas.

Nossa preocupação sempre foi respeitar a autonomia de todos os professores em sala de aula o que nos levou a organizar propostas que apontem para objetivos, fontes, métodos e linguagens que devem ser adequadas pelo professor de acordo com suas necessidades e, principalmente, com as necessidades históricas da turma, identificadas após a sondagem inicial das ideias prévias sobre o tema em questão.

Repetindo: nós propomos sequências didáticas possíveis, a partir da análise de fontes históricas de diferentes naturezas, com apontamentos teórico-metodológicos tanto no campo da história quanto do ensino de história, seguindo recortes temáticos que se enquadrem no período da Abertura Política, da Assembleia Nacional Constituinte e da Formação da Nova República. Os planos de aula, portanto, podem ser feitos pelo professor a partir de suas escolhas e de sua experiência docente que, inclusive, pode contribuir e enriquecer com nossa pesquisa temática através do canal Fale Conosco.

Seja bem vindo ao Projeto Chave!

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O Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHistória) é um programa de pós-graduação stricto sensu que busca a formação continuada de professores de História voltados para a inovação na sala de aula.

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