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Âncora 1

FIM DA DITADURA E

INÍCIO DA NOVA REPÚBLICA

REFLEXÕES CONTEXTUAIS 

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PRAÇA DA SÉ - 300 mil na manifestação pelas Diretas Já. (Crédito: fotos: Ariovaldo dos Santos/CPDoc JB; Antonio Carlos Piccino/Agência O Globo; claudio edinger - ISTO É)

O longo período transicional que marcou a passagem da ditadura para a democracia no Brasil foi emblemático pois assumiu características distintas quando comparado a outros países que também inauguraram democracias após períodos de exceção.

Desde a instauração da ditadura em 1964 era comum nos discursos políticos afirmações sobre a democracia, o que aponta para uma peculiaridade de nossa nefasta ditadura: uma política de legitimação autoritária que definiu os rumos da institucionalização, recrudescimento e distensão do regime militar.

Assim, quando de fato iniciaram-se as medidas de abertura política do regime, as características que ditaram o ritmo desta marcha a definiam como lenta, gradual e segura, ou seja, um processo de abertura tutelado e conduzido pelo regime militar. Este fato marcou todo o processo de abertura e, posteriormente, o processo de democratização, o que marca nosso cotidiano ainda nos dias atuais.

Desde as consequências da Lei da Anistia que impede a condenação de torturadores até as grandes conquistas que foram sacramentadas na Constituição de 1988, inclusive com o reconhecimento da importância da garantia e da defesa dos direitos humanos, conquistas estas que estiveram paralelas a permanências autoritárias e conservadoras, nossa sociedade, a sociedade da Nova República foi construída sobre contradições, negociações e embates entre diversos grupos que resultaram em uma realidade complexa e necessária de ser compreendida por nossos estudantes.

Apenas compreendendo a construção de nossa democracia, eles poderão identificar suas graves fragilidades para que possam assumir uma postura de defesa da democracia em si, participando ativamente da vida política de sua comunidade e, quiçá, do país.

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